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O
Tribunal Constitucional chumbou a nova lei da mobilidade, que abria a
porta a despedimentos sem justa causa na Função Pública, ... o governo
contava poupar quase 900 milhões de euros nos próximos três anos,..."
Esta notícia leva-me para um cenário engendrado, algo maquiavélico, tendo como actores os mais altos cargos polítiqueiros da nossa praça; o Tribunal Constitucional ao tomar esta decisão (que não foi
surpresa nenhuma), salva assim a face do Governo em relação ao
incumprimento do défice e preparando o caminho para a entrada do Resgate nº 2, que se avizinha.
Senão vejamos, a quando da sétima avaliação em Março de 2013;
recordo que o Governo teve de negociar com a Troika a alteração do objectivo do
défice de 4,5% em 2013, para 5,5%, segundo dados estatísticos
disponíveis, o défice já vai a caminho dos 6%.
Em relação à poupança dos 900 milhões de euros, faço uma
chamada de atenção, os créditos das empresas produtoras e distribuidoras
de electricidade (EDP), vão somar 3800 milhões de euros, valor apontado
para o final do ano de 2013.
No que se refere ao Resgate nº 2, dado adquirido depois das eleições, é
só fazer contas, a partir de 2014 até 2021, Portugal deverá amortizar
em dívidas, o valor de 120 Mil milhões de euros, não estão englobados os
valores das PPP's e aquela coisa de Défice Tarifário.
Um aparte; o dramático nisto tudo, se os acordos de empréstimos e
obrigações do tesouro, estivessem no Ministério das Finanças, pedia-se à
ministra para os destruir e estava tudo safo.